Uma das razões para eu conhecer a Austrália era mergulhar na Grande Barreira de Corais, portanto, peguei um avião para Cairns, na costa norte de Queensland. A cidade, nesta época do ano, me lembrou muito Brasil (especialmente Salvador) pois é quente e úmida. Como era estação das chuvas, chovia quase todos os dias, mas também fazia sol todos os dias, como na região tropical do Brasil.
Cairns pareceu uma cidade turística calma mas com uma grande variedades de atividades: mergulho, rafting, balonismos, parques nacionais, ilhas, crocodilos, skytravel… Há tantas opções que é difícil escolher. Primeiro, eu gostaria de ter uma noção do lugar, caminhei muito pelo porto, marina e região da explanada. Depois, aluguei uma bicicleta (na verdade, peguei emprestada com um amigo de Stephens no Gilligan’s) e dei uma volta maior pela cidade. Estava um pouco chuvoso o dia, mas foi ótimo para ter uma noção mais ampla do que era o lugar.
Depois da pedalada, passei um tempo relaxando na lagoa da cidade (Esplanade Lagoon). A lagoa é um tipo de piscina de água salgada no centro, no lado da baia, lindo. Umas das coisas que me chamou atenção por aqui é como tudo é tão organizado, a área da piscina tem salva vidas todo o tempo, eles tiravam todos da piscina a cada ameaça de chuvas/raios. Havia lockers abertos ao ar livre onde as pessoas poderiam deixar suas coisas. Na região da lagoa e explanada tinham diversas churrasqueiras bem arrumadinhas com mesas. No final da tarde, elas eram ocupadas por famílias e grupos de amigos. Parecia verão, como férias.
No dia seguinte, decidi fazer um tour na Green Island (Ilha Verde), uma das atrações turísticas de Cairns. A ilha é super pequena, aproximando com o barco parecia ilha da fantasia, e quando pisamos nela, sim, era ilha da fantasia, uma ilha da fantasia “com regras”. Tudo é perfeitamente organizado, os caminhos são muito limpos, as árvores possuem etiquetas, as placas explicativas são bonitas, as praias incríveis, a água de um verde claro transparente… Mas, havia “deve” e “não deve” por todo lado. Você “deve” caminhar somente na trilha, “não deve” sair do caminho, “deve” nadar entre a bandeira vermelha e amarela, “deve” usar roupa de lycra para se proteger das água-vivas… É perfeitamente bonito e ordenado, parecia Disneylândia, eu esperava ver por trás do cenário, onde eles estavam controlando o cenário. Até mesmo a forma com que eles nos amedrontavam sobre as água-vivas parecia uma forma de “adicionar” um pouco de aventura, um pouco de pimenta no paraíso, desta forma o turista podia se sentir aventureiro… O cara do aluguel de equipamentos me disse: “use o traje de lycra porque se você é queimado pela água-viva a gente tem que chamar um helicóptero para você estar no hospital em 10 minutos”.
Sendo ou não ilha da fantasia, sendo ou não perigosa, Green Island é muito agradável. A caminhada na floresta é extraordinária e o snorkeling também. Eu recomendo que as pessoas peguem o barco das 8.30h, pois a ilha não está lotada para a caminhada, e é melhor para aproveitar o meio ambiente. Por volta do meio dia, fica mais lotado e é um bom momento para desfrutar do almoço num dos restaurantes por lá ou um piquenique na sombra.
Depois destes 3 dias relaxantes em Cairns, era hora de partir para a viagem de mergulho.
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