Trajeto do 1º dia: Amsterdã – – Total do dia: 25 km – (gpx)
Hospedagem: hostel em quarto privado
Nosso primeiro dia de pedalada começou perto do aeroporto de Amsterdã e o destino final seria Haarlem. Abaixo coloco uns pontos importantes do dia e o depoimento de meu pai:
- Em Amsterdã, escolhi um hotel perto do aeroporto por ser fácil de chegar com a bolsa de bike já que tinha transfer e, também, seria bem mais fácil para meu pai sair pedalando direto na estrada e não ter o tráfego de bicicletas da cidade. Esta era sua primeira viagem pedalando, melhor começar numa via tranquila.
- Nos primeiros dois dias, passeamos um pouco pela cidade, alugamos uma bicicleta para meu pai e montamos a minha. Eu desmontei quase toda ela para ter o menor risco de danificar no voo.
- Minha bicicleta estava com problemas, o quadro apertou no voo e não entrava a roda. Chamei um mecânico que achei na internet, ao invés de arrumar, estragou mais. Como o disco estava pegando, ele sugeriu colocar óleo no disco para “deslizar” melhor. Louco, isso é o pior erro que se pode cometer. Péssimo serviço e me cobrou 52 euros. Parti com a bicicleta travando a roda o tempo todo, fazia dobro do esforço.
- A primeira parada foi no Profile Albert van der Kolk, loja e mecânico de bike. Albert arrumou o quadro, desamassou o para-lama, juntou o fio do dínamo que o outro mecânico colocou uma fita adesiva e não consertou. Serviço perfeito e rápido. Pra completar, não quis me cobrar nada já que eu tinha sido enganada pelo outro mecânico. Ganhei meu dia, depois de todo o stress da chegada com a bicicleta estragada. Anjos no meu caminho…
- A segunda parada foi para almoço num restaurante turco em
O início da jornada foi marcado pela apreensão e um bom bocado de preocupação: a bicicleta da Karla estava apresentando problemas, eis que havia sido montada, no dia anterior, por um “profissional” de uma oficina que buscamos no google e que não nos deu nenhuma certeza do seu serviço. Na verdade, foi muito ruim.
Saímos do hotel em Amsterdam com rumo definido para Haarlem. O dia estava nublado, um pouco frio, em volta de 13 graus. A bici da Karla estava, realmente, com problema: a roda traseira parecia estar trancada, fazia um ruído forte e pesava muito para pedalar. Mas, mesmo assim arriscamos e seguimos em frente.
Logo a uns 3 ou 4 quilômetros do hotel, nos deparamos com o primeiro dos diversos moinhos que veríamos durante a viagem. Lá estava ele, imponente, à beira do rio rodeado hoje de casas e toda uma estrutura urbana, que por certo o faziam sentir saudade do tempo que sozinho dominava aquela paisagem (que era rural).
A sorte, acredito, estava do nosso lado. Logo ao passar o moinho (e depois de algumas fotos), encontramos uma oficina de bicicletas e paramos para fazer uma avaliação do que estava acontecendo com a bici da Karla. Foi providencial! A oficina era completamente aparelhada, o mecânico muito prestativo e competente, desmontou tudo e refez a montagem com maestria e, com um sorriso no rosto nos disse que não cobraria nada… era uma homenagem aos ciclistas brasileiros, etc… Foi algo marcante, logo ao início de uma jornada que se estenderia por mais alguns dias pelo interior da Holanda.
Retomamos nosso caminho rumo a Haarlem, encantados com o que acontecera, e nos deliciando com a paisagem por que passávamos.
Mas adiante, fizemos nossa refeição (a essas alturas, já eram quase 14 horas…) num bar/restaurante turco à beira do caminho. Foi um ótima refeição… a porção foi tamanha que sobrou um tanto que pedimos para levar, no que fomos atendidos prontamente.
Seguimos viagem e nos encontramos com grupos de jovens que saíam de suas aulas, todos de bicicleta, enchendo a ciclovia que antes parecia ser um domínio apenas nosso. Parecia, de fato, que éramos os donos da via, pois encontrávamos muito poucos no caminho (a não ser, é claro, na zona urbana) por que passávamos.
Ao final da tarde, chegamos a Haarlem e fomos direto ao albergue que Karla havia reservado. Depois de um banho e traçarmos o plano de viagem para o dia seguinte, acabamos comendo a sobra do almoço que trazíamos, pois a cozinha do albergue, naquele dia, estava fechada…. foi providencial a “quentinha” que trazíamos do restaurante turco do almoço… Com uma boa cerveja (eu) e uma taça de vinho (Karla), aquela janta foi maravilhosa.
Ao final do dia, tive uma série de cãibras, nas duas pernas, que me fizeram pensar que não conseguiria cumprir o trajeto traçado para diante nos próximos dias. Mas, por sorte, e pela indicação da Karla passei a tomar uma cápsula efervescente de vitamina C e uma de Magnésio, todos os dias no café da manhã e, também, por recomendação da nutricionista, muita água, a partir daí não tive mais nenhum problema.
Renato Brunet
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