A chegada já foi uma atração. Pela primeira vez vi sol às onze e meia da noite. Infelizmente, não cheguei a ver o sol da meia noite (meu sonho de adolescente, desde o filme com Barishnikov). É difícil de ter uma boa noção de tempo por aqui, pois o dia não termina nunca. Escurece sempre depois da meia noite.
Construída em 1703, por Pedro, O Grande, a cidade é banhada pelo rio Neva e rodeada por canais. A idéia era ser a Veneza do norte, no entanto, se parece mais com Paris. Acho que pelo tamanho e amplitude dos edifícios e monumentos. No próximo ano, será festejado o aniversário de 300 anos da cidade. Por essa razão quase todos os monumentos, teatros, museus e igrejas estão em reformas. Com certeza não é uma ótima época para fotografar as atrações turísticas. Pelo que dizem, as comemorações serão grandes. Talvez uma boa idéia seja visitar a cidade em maio de 2003.
Quanto ao idioma, esqueça o inglês. Aqui quase ninguém fala inglês, de modo que esta viagem é um bom motivo para aprender russo. Alguns se esforçam para entender as mímicas, outros saem correndo, como que assustados. Já no primeiro dia fui comprar entrada para ver uma apresentação de balé. Sabendo dizer as palavras balé e hoje, fui ao teatro. Pude entender quando a atendente disse que não tinha mais ingressos. Olhei, então, no dicionário o amanha. Amanhã tinha. Sabia perguntar quanto, mas não sabia os números, ou seja, não entendi a resposta. No final, tive sorte. Comprei uma entrada para ver “A bela adormecida” e o lugar era bom, podia ver bem. Fiz onze anos de balé, sendo imprescindível ver uma apresentação em São Petersburgo.
No teatro, fiquei impressionada com as diferentes idades das pessoas. Também, havia muito mais russos que estrangeiros. Entrou comigo um garoto de uns 20 anos, que estava sozinho para ver o balé. Depois conversei (em inglês) com uma jovem russa ao meu lado. Ela parecia encantada com a apresentação. Balé faz parte da cultura deles. Fiquei pensando o quanto seria difícil ver, no Brasil, um jovem ir sozinho a uma apresentações de balé. É uma cultura diferente…
lindo! Com ou sem gelo! Belas Fotos. Feliz como Karla que foi até em Saint Petersbourg e viu o Museu de L´Ermitage com os próprios “óios”.
Bamba, sim, esta é uma cidade que com certeza merece um visita, tanto no inverno quanto no verão.