Ao meio dia, sai de Baños (1800m) para Riobamba (2800m). Cheguei na cidade às 2h e já arrumei um tour para ver o Vulcão Chimborazo, maior pico do Equador e “o ponto mais longe do centro da Terra”. Desta vez comigo ia um casal de holandeses, a guia e o motorista. Fui com as expectativas muito baixas, pois estava nublado e tinha ficado uma semana em Baños tentando ver o topo do Tungurahua e não consegui devido ao mal tempo (agora é estação das chuvas aqui).
Começamos a subir e o tempo já parecia melhorar. Aos poucos conseguíamos ver alguma coisa, de repente lá estava, o topo branco do Chimborazo. Foi lindo, como se passássemos da altura das nuvens, como se estivéssemos olhando por cima. A alegria foi geral, os holandeses também não tinham conseguido ver o Tungurahua e iam embora para casa em dois dias. No caminho vimos algumas lhamas e também um grupo de vicunhas, animal quase em extinção na região, da família da lhama.
Às 4:30h chegamos no refúgio (4800m) e começamos a caminhada ao segundo refúgio (5000m). Desta vez subi com a guia, fomos fazendo zig zag para acostumar com a altitude; estava muito frio mas com sol. Cansava fácil, parava a cada 20 passos, mas foi muito mais fácil que o Cotopaxi. O chão era duro, não como areia fofa e neve do outro vulcão.
Ao chegar no refúgio, me senti muito bem, descobri que então talvez eu possa fazer Andinismo, agora já estou mais acostumada com a altitude. Subi mais de 3000 metros em 5h e estava bem. A descida foi fácil, como sempre, mas teve que ser rápida pois havia muita neblina e já estava escurecendo.
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