A idéia de ir a Linz era para conhecer o Ars Electronica Festival. Passei seis dias assistindo a palestras, artistas, performances e vendo exposições de arte eletrônica.
Já no primeiro dia visitei o O.K. Centrum für Gegenwartskunst onde estava a exposição dos ganhadores do prêmio Nica e menções honrosas. As obras ganhadoras deste ano mostraram um lado bem comercial da arte eletrônica. Comparado com anos anteriores quando foram escolhidos trabalhos mais críticos de ativismo ou de vida artificial, esta edição mostrou que a arte eletrônica já está sendo incorporada ao grande mercado artístico.
Logo foram 5 dias de simpósio com palestras pela manhã e tarde. Este ano o tema foi código _¨Code: the language of our time¨. Foram palestras e apresentações de trabalhos sobre o código como linguagem e arte. Participaram das palestras nomes importantes em arte e tecnologia como Roy Ascott, Casey Reas, Roman Verostko, Florian Cramer, Howard Rheingold, Andreas Broeckmann e Christa Sommerer dentre outros. Depois de cada conferência muitos continuavam com vontade de discutir o tema, criaram-se, então, sessões extras com os palestrantes para continuar com o debate.
Visitei também o Ars Electronica Center para ver muitas das obras interativas que só conhecia por catálogos ou vídeos, o que não traduz a complexidade de alguns trabalhos. Ao final da semana estava cansada de tanta arte eletrônica. Além das palestras, exposições, performances, toda vez que saiamos para comer, tomar um cerveja, dançar, discutíamos sobre o tema. É como se a vida nesta semana tinha se resumido a arte eletrônica. Sentia que estava tendo uma overdose de tudo que fosse digital, queria natureza, algo simples e palpável.
[…] pouco diferente da versão do Ars Electronica que vi em 2003, este ano não houveram tantas instalações de arte interativa, boa parte da exposição era […]