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Alausí e Nariz del Diablo

Acordei cedo para o famoso passeio de trem ao Nariz del Diablo que sai de Riobamba às 7 da manhã. Os turistas chegam cedo para pegar um bom lugar, a maioria vai sentada na parte de cima nos vagões para poder apreciar melhor a paisagem. Estava frio e um pouco chuvoso.

Logo que se sai de Riobamba pode-se apreciar um pouco do campo do Equador, morros todos quadriculados de plantações, camponeses trabalhando. Parece que as pessoas ficam esperando para ver o trem passar (três vezes por semana). Ficam sentadas na beira da estrada de ferro, as crianças vêm correndo para acenar, deve ser interessante para eles ver um trem cheio de turistas sentados em cima dos vagões.

O trem para a todo momento, quando moradores locais entram e saem com suas cargas. A última parada antes do Nariz del Diablo é Alausi, uma pequena cidade nas montanhas. Lá sobem mais um grande grupo de turistas que ficam se esmagando com suas filmadoras e câmaras...

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Riobamba e Chimborazo

Ao meio dia, sai de Baños (1800m) para Riobamba (2800m). Cheguei na cidade às 2h e já arrumei um tour para ver o Vulcão Chimborazo, maior pico do Equador e “o ponto mais longe do centro da Terra”. Desta vez comigo ia um casal de holandeses, a guia e o motorista. Fui com as expectativas muito baixas, pois estava nublado e tinha ficado uma semana em Baños tentando ver o topo do Tungurahua e não consegui devido ao mal tempo (agora é estação das chuvas aqui).

Começamos a subir e o tempo já parecia melhorar. Aos poucos conseguíamos ver alguma coisa, de repente lá estava, o topo branco do Chimborazo. Foi lindo, como se passássemos da altura das nuvens, como se estivéssemos olhando por cima. A alegria foi geral, os holandeses também não tinham conseguido ver o Tungurahua e iam embora para casa em dois dias. No caminho vimos algumas lhamas e também um grupo de vicunhas, animal quase em extinção na região, da família da lhama.

Às 4:30h chegamos no refúgio (4800m) e começ...

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Baños


Baños, uma pequena cidade ao sul de Quito, já me conquistou de primeira, logo que desci do ônibus e pude ver as montanhas ao redor. Com menos de 20.000 habitantes a cidade fica ao pé do famoso vulcão Tungurahua, ativo e com probabilidade de entrar em erupção a qualquer momento. Em 1999 a cidade foi evacuada por se considerar o lugar perigoso, como o vulcão não se manifestou os habitantes voltaram ao local mas o vulcão continua ativo.

Nos fins de semana a cidade fica movimentada com habitantes dos povoados vizinhos que vêm para ir à missa, ouvir a banda tocar na praça, comer marmelada e goiabada e passear na praça. Dá uma sensação de estar voltando no tempo, lembro de histórias do meu pai quando era criança, banda, rapadura, praça… Uma nostalgia… Não só a população local mas também um grande número de turistas estrangeiros faz com que a cidade seja cheia de cafés, restaurantes, bares, agências de viagens.

Uma das atrações da cidade além do vulcão é descer ...

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Tour na selva perto do Rio Puyo

Saímos cedo de Baños (um casal australiano, uma inglesa, o guia e eu) para passar uns dias em cabanas indígenas na selva. A viagem até Puyo foi ótima. Fomos sentados na parte de cima da van vendo a paisagem da descida da serra, passamos por um número enorme de cachoeiras. Antes de irmos para o acampamento paramos na Reserva Fátima, um lugar que tenta preservar os animais e o meio ambiente. Tudo muito simples, parecia uma casa qualquer cheia de bichos. Eles fazem trabalhos de criação de tartarugas, jacarés e caramujos. Há também muitas araras, papagaios, macacos que a polícia apreende e leva para lá para a reabilitação ao meio ambiente.

À tarde chegamos no nosso acampamento e fomos caminhar por umas 4 horas na selva. Paramos para ver algumas plantas medicinais. Como chove muito, toda a caminhada foi na lama (estávamos com botas de borracha) até chegar numa cachoeira e banhar-nos...

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Museus de Quito

Hoje passei o dia nos museus. Como estava um dia feio, nublado, na manhã visitei o museu Antiguo Cuartel de la Real Audiencia no centro da cidade. O prédio foi restaurado e guarda uma grande coleção de arte sacra. Alunos da universidade fazem uma visita guiada mostrando as diferentes faces do museu. A maioria dos quadros não tinha autor, segundo o guia é porque foram feitos por mestiços e índios, estes não tinham direito de assinar as pinturas.

À tarde visitei a Casa de la Cultura, um complexo com diversas salas de exposições, museu e cinema.O Museo Nacional, tem uma excelente exposição de arte desde o período pré-colombiano até hoje em dia. Impressionou-me a organização e o cuidado do museu no que se refere à arte pré-colombiana. Esta fica exposta em salas escuras, paredes pretas, dentro de vitrines iluminadas. Todas estão catalogadas por tribo e época. Juntamente, há mapas do Equador mostrando a região onde a tribo habitava. Sons indígenas preenchem o ambiente...

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Cuicocha


Fui outra vez a Otavalo ver a feira e de lá decidi conhecer a famosa lagoa Cuicocha. Peguei um ônibus até a pequena cidade Cotacachi e de lá um taxi. O nome da lagoa foi dado pelo fato de na região haver muitos cui. Cui significa porco da índia e cocha lagoa em Quíchua. Numa altitude de 3070 metros e profundidade máxima de 180m, a lagoa surgiu da cratera formada por uma erupção vulcânica explosiva, armazenando muita água e sobrando uma ilha no meio.

Fiz um passeio de barco para dar a volta na ilha, não é muito longo mas vale a pena para poder ver as paredes do antigo vulcão de dentro. Pode-se perceber borbulhas na água que são decorrentes dos gases que vêm do seu interior. A cor da lagoa, as vezes verde escuro, as vezes azul escuro, faz da paisagem uma excelente desculpa para ir até lá. É uma grande sensação de tranqüilidade.

 


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Galápagos – Ilha Santa Cruz


Uma semana na Ilha Santa Cruz já foi suficiente para que todos me conhecessem. Além da cidade Puerto Ayora ser muito pequena, não havia muitos turistas, baixa temporada e o aeroporto fechado. A ilha oferece grandes atrações, uma delas é ficar sentada no porto olhando os pássaros, principalmente garças e pelicanos, se alimentarem. Ou visitar as enormes tartarugas na Estação Charles Darwin.

A Bahía Tortuga, uns 3km a pé do centro da cidade é um dos lugares mais bonitos da região, praia de areia branca fininha, mar com ondas e piscinas naturais. Aluguei uma bicicleta para conhecer um pouco do interior da ilha, cidadezinhas como Bela Vista.

Decidi fazer alguns mergulhos diários, voltando para dormir em terra. No começo, foi um pouco difícil pois só tinham saída com um mínimo de 3 mergulhadores, e a ilha estava quase vazia. Acabei conseguindo fazer 6 mergulhos maravilhosos. O primeiro e melhor foi num lugar chamado Rocas Gordon...

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Tartaruga

Tartaruga de 200 anos – Galápagos, Equador 2001.

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Galápagos – Tour de barco

A melhor maneira de conhecer Galápagos é fazendo um tour de barco, dormir a bordo e cada dia conhecer uma ilha diferente. Resolvi pegar um tour pequeno (4 dias e 3 noites) e depois ficar mais um tempo na última parada do barco, na Ilha Santa Cruz. Como o aeroporto de Baltra (perto da Ilha Santa Cruz) estava fechado para manutenção, todos os barcos estavam saindo da Ilha San Cristóbal, não tão turística mas com o aeroporto em funcionamento.

No primeiro dia visitamos a Ilha Lobos. Como o próprio nome diz, nela vivem muitos, mas muitos, lobos marinhos (leões marinhos). O dia estava chuvoso mas deu para caminhar pelas pedras vulcânicas para ver as famosas fragatas que incham seu “papo” vermelho para chamar a fêmea. Depois fizemos snorkel para ver os leões marinho na água. É impressionante o movimento deles, são como os golfinhos mas bem mais domesticados. Brincam, saltam, chegam bem pertinho e saem rapidamente. Maravilhoso.

Durante a noite, navegamos até Ilha Española, on...

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Primeiro de Maio em Quito

Acordei cedo para ver a Marcha del Primer de Mayo. A cidade estava parada, não havia sequer ônibus, peguei um táxi até o centro antigo para esperar a passeata. Chegando lá percebi que haviam policiais por todos os lados. Todas as ruas que levavam para a Plaza Grande (onde fica o Palácio do Governo) estavam fechadas com barricadas de policiais que não permitiam que ninguém passasse.Podia sentir uma certa tensão no ar.

Fui para a rua ver a passeata. Estava muito bem organizada, acho que todos os grupos lá estavam representados: camponeses, estudantes, operários, crianças, índios… Era como um carnaval, passavam os blocos com bandeiras, uniformes, faixas, bonecos… O público ficava apertado nas calçadas assistindo aos manifestantes passarem. Parecia um dia de festa, todos saíram para rua, havia também vendedores de sorvete, refrigerante, comida, bandeiras…

La Marcha terminava na Plaza San Domingo, três quarteirões de distância da Plaza Grande...

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