Praga

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A minha visita a Praga foi um pouco decepcionante. Tinha ouvido muitas histórias de amigos que visitaram a cidade anos atrás. Já na chegada na estação de trem vi que a cidade tinha mudado, as placas estavam todas em checo e inglês: já estavam preparados para o turismo.

Nos três dias que passei na cidade me impressionou o número de turistas, eram ônibus e mais ônibus de turismo. Caminhando pela cidade todo o tempo encontrava com grupos enormes de japoneses, americanos, italianos, espanhóis e brasileiros. Havia horas que se via mais de duzentas pessoas na frente do relógio astronômico.

Quase todos os restaurantes tinha o cardápio em inglês e checo, alguns até em 4 ou 5 idiomas. Os preços também eram diferentes para turistas. Caminhar pelas ruas do castelo também estava claustrofóbico, grupos de turistas por toda a parte. Acho que é um dos lugares mais turísticos que visitei em minha vida, e já viajei por uns 30 países. Também sei que a época é ruim, julho é alta temporada na Europa.

Esperava encontrar uma Praga mais misteriosa. A Rep. Checa de Kafka, de Milan Kundera, a ruas e música do filme Kolya. Uma Praga despertando para o capitalismo. Mas o que encontrei foi uma Praga totalmente vendida para o consumo, pareceu que eles perderam o romantismo para ganhar o dinheiro do turismo.

Choveu todos os dias que estava na cidade. Ás vezes se via um pouco do sol escondido por detrás das nuvens. Foi difícil para fotografar. Sou de um país tropical e preciso da luz para poder fotografar, e, também, para viver. Muitos dias sem sol me deixam deprimida. Aproveitei para fazer fotos noturnas.

Fui ver um teatro de marionetes que gostei muito, não pela peça em si, Don Giovani, mas pelo público que se divertia e ria muito. A peça era baseada na ópera escrita por Mozart quando viveu na cidade. O teatro estava lotado de um grupo de japoneses entre 10 e 14 anos. Toda vez que os bonecos faziam alguma piada, a meninada ria muito. Gostei de ver o multiculturalismo, estava na Rep. Checa, a peça era falada em italiano e o público era na grande maioria japonês…

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