Saída em bicicleta Terra Alta: Nonaspe – Arnes – Tortosa


Na sexta-feira, fomos de trem de Barcelona até Nonaspe onde uma parte de grupo ficou acampando. Como não tinha barraca segui com mais duas amigas para dormir em Caspe (Aragon) e pegamos o primeiro trem a Nonaspe sábado pela manhã.

Nos juntamos ao grupo na estação de trem de Nonaspe onde começamos o passeio organizado por Albert (Gata e amics de la bici). Seguimos até Batea onde paramos para conhecer o povoado, as pequenas ruas, a igreja… Aproveitamos para uma pequena merenda antes do almoço. Continuamos o passeio até Caseres. Paramos algumas vezes, para arrumar a correia da bicicleta de uma companheira. Depois para olhar o mapa, estávamos um pouco perdidos. Como havia muita subida meu joelho começou a doer um pouco. Já havia doído no final do último passeio.

Assim que chegamos em Caseres, começou a chover, fizemos então um longo almoço com vinho e um café antes de partir. O caminho era bonito, com árvores frutíferas, muitas amendoeiras.  Eu já não aproveitava muito o passeio meu joelho doía muito, não conseguia mover mais. Como ia devagar me afastei do grupo que parou para saber o que passava. Neste momento, vi que não conseguia continuar, o joelho esquerdo não movia, não dobrava a perna. Faltavam ainda uns 20km. Seguimos até o povoado mais perto Arens de Lledó. Parecia uma cidade fantasma, não havia ninguém nas ruas. Dois companheiros (Albert e Juanjo) foram buscar um possível táxi para me levar ao refúgio onde dormiríamos. Voltaram com a boa notícia que conseguiram o táxi, chegaria em alguns minutos pois teria que vir de outra cidade. Quando vi o carro chegando minha felicidade foi grande, não conseguia mexer o joelho mais. Desmontamos a bicicleta e o taxista me levou a Arnes onde esperei o grupo que chegou um pouco mais tarde. Albert e Juanjo haviam ido a um outro povoado buscar uma farmácia para comprar anti-inflamatório para mim. Em Arnes e Arens de Lledo não havia farmácia aberta.

Pela noite já me sentia melhor, só que a idéia de ter que continuar mais 60km no próximo dia me assustava. Todos me tranquilizavam dizendo que era quase tudo descida.

Amanheci bem, mas a primeira subida para sair do povoado decidi carregar a bicicleta. Depois, continuei pedalando. O começo foi tranquilo, não doía muito, mas quanto mais pedalava aumentava a dor e, as vezes, me parava a perna, não conseguia mover, mesmo se quisesse. Em uma das subidas, Albert me guinchou. Foi com a bicicleta a meu lado e eu agarrei em seu ombro, sem que eu pedalasse, seguimos. Sentia-me super mal pois não sou pequena, bem ao contrário, sou grande e puxar o meu peso na bicicleta devia ser muito difícil.

Logo, vieram grandes descidas, o que para mim era maravilhoso, pois não pedalava nada. Já havia chegado o ponto que qualquer pedalada doía muito. O caminho era lindo, cheio de túneis, parece que mais de 30. Havia também umas pontes muitos bonitas, este era o trajeto de uma antiga via de trem. Paramos, também, em Fontcalda, um lugar muito bonito com rochas, água terma e um santuário.

Quanto eu já não aguentava mais de dor, faltava uns 30km, que desespero. Olhava o contador de quilometragem da bicicleta a cada 2 minutos e não mudava muito, estava indo muito devagar. Como usava somente a perna direita para fazer a força, esta começou a doer também, no mesmo lugar, na lateral do joelho… Concluindo, os últimos quilômetros foram de muita dor, sempre pensava que não ia conseguir, pois os joelhos já não moviam mais.

Cheguei. Não sei como. E agradeço muito a todos do grupo que tiveram uma paciência enorme em ter que me esperar todo o tempo, já que eu atrasei o passeio em umas boas horas.

[Depois disto fiz uma cirurgia no joelho, menisco.]

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