Talvez o mais impressionante de Foz do Iguaçu seja o fato de que muitos brasileiros simplesmente não se interessam por conhecê-la, o que até então acontecia conosco. Não se sabe se é a falta de informação ou o apelo consumista, turístico e, ainda, capitalista de outros lugares que relega a maravilha das águas a um segundo plano. A verdade é que agora sabemos o quanto Foz do Iguaçu é excepcional e não podemos deixar de aconselhá-los a ir até lá.
Itaipu, em Foz do Iguaçu, é, sem dúvida, a maior hidroelétrica do mundo. Mais que isto, é uma imensidão de concreto que ilumina. A beleza de Itaipu é um tanto questionável, pois está no limite do que a engenharia pode produzir. A história, no entanto, supera as expectativas. E incrível pensar o que a determinação de dois Estados pode fazer pelo bem comum de seus povos. A construção de Itaipu não apenas ampliou a capacidade de geração de energia do Brasil e do Paraguai, como também desenvolveu toda uma região que inclui a Argentina.
A respeito do desenvolvimento da região de Itaipu, não podemos deixar de falar do Marco das Três Fronteiras. Brasil, Paraguai e Argentina encontram-se entre as águas do Rio Iguaçu e Rio Paraná. Aqui, mais uma vez a beleza não se faz muito presente, mas não se pode deixar de visitá-lo pela sua referência geográfica.
As noções de história, política e geografia oferecidas por Itaipu e o Marco das Três Fronteiras são esquecidas, pelo menos momentaneamente, diante da beleza natural das Cataratas. Tanto o lado brasileiro quanto o argentino são inexplicavelmente belos. O Brasil proporciona uma visão geral e gigantesca das quedas d’água. Não tínhamos idéia do tamanho das Cataratas e nem temos como descrevê-las, apenas estando lá é possível compreender o quanto a natureza pode ser imensa e bela. O lado argentino permite uma maior proximidade das mesmas que chega a dar um certo medo. É possível andar em passarelas no meio da mata que nos surpreendem a cada revelação de um novo salto. Talvez mais emocionante do que a visão permite sentir, é a sensação de estar quase embaixo das quedas (ver em serviços os passeios de bote).
Ambos os parques nacionais, brasileiro e argentino, não se limitam à beleza das Cataratas. A fauna e a flora dos mesmos podem se apresentar bastante fascinantes. Vimos tucanos e um tatu, além das corriqueiras lagartixas e outras aves que não soubemos identificar. Alguns companheiros viram macacos e um puma. Outra emoção que os parques podem proporcionar, pelo menos nesta época do ano, é a de se poder andar entre verdadeiras nuvens de borboletas, das mais diversas cores e tamanhos.
[Texto: Karina Brunet / Fotos: Karla Brunet]
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