Venezuela: a chegada


A chegada na Venezuela foi mais uma vez “errante”. Cheguei no aeroporto de Caracas sem ter nem idéia para onde ir, onde dormir, que hotel. Só sabia que no dia seguinte deveria pegar o avião as 15h para Los Roques, mas nem este vôo tinha recebido confirmação da reserva.

Como quase todo lugar na América do Sul, ao chegar somos abordados por uma quantidade de homens querendo vender transporte e cambio, passar por eles sem incômodo algum é uma façanha.

Primeira coisa que fiz foi tentar encontrar a Chapi Air para ver se meu vôo do dia seguinte estava confirmado. Então, depois de pegar a mala, caminhei por fora do aeroporto ao terminal doméstico. Chegando lá, o balcão de vendas de Chapi estava fechado.

A ação dois era decidir onde iria dormir, tinha tentado fazer uma reserva de hotel perto do aeroporto pela internet, mas os preço eram caríssimos, optei por resolver na hora. E agora era a hora, portanto, fui a um balcão de informações turísticas pedir dicas de hotéis perto e com preço razoável. Um dos recomendados por eles já estava lotado, o segundo também e o terceiro muito caro. Então, consegui um taxi conhecido deles que me indicou um dos hotéis econômicos de Praia Grande.  Minha única exigência é que tivesse wifi. O hotel disse que sim, logo, tudo resolvido. No hotel, chequei os emails e lá estava o email de Paolo, dono da Pousada Albacora, me confirmando a reserva do vôo para Los Roques.

No dia seguinte, rumo a Los Roques. Como não sabia como seria a questão do dinheiro no arquipélago, na última hora resolvi trocar dinheiro no aeroporto. Pedi a um dos funcionários da Chapi Air  para me conseguir um cambista de confiança dele, afinal, cambio aqui é um negócio a parte (ver Curiosidades Câmbio). Tudo resolvido, só faltava encarar o mini-avião.

Vendo de fora, o avião da Chapi Air parece de brinquedo, tipo aeromodelo. Ao entrar na aeronave que deve ter um metro de largura, o sentimento de enlatada é grande. Com capacidade para 12 passageiros, os bancos são da largura do avião e sentam duas pessoas em cada um. Mesmo antes de decolar, me veio uma sensação muito estranha de claustrofobia. Fiquei bem ansiosa, queria mover minhas pernas, levantar, mas nada era possível, só podia controlar a respiração para acalmar. Coloquei meu fone de ouvidos com música muito alta, o redutor de ruído do fone não funcionava para o barulho ensurdecedor do avião, mas ajudou abafar um pouco. Depois da decolagem, acalmei, a música ajudou e vôo foi lindo, chuva, sol, mar. E a chegada em Los Roques, estonteante… Logo na saída do avião percebi que estava no paraíso, o lugar era exatamente o que eu estava buscando.

Los Roques (aéreo) from Karla Brunet on Vimeo.

2 comments to Venezuela: a chegada

  • Juliana  says:

    Oi Karla! Vou pra Los Roques em março, e fechei justamente com a Chapi nesse teco teco! Confesso que já li tanta coisa que estou com receio! Qto tempo durou o vôo? 50 min? Vou tentar distrair na música e na paisagem!

    • karla  says:

      oi Juliana. Sim, o voo dura menos de uma hora, entre 40 e 50 min. O avião não é tão ruim assim, só a sensação que é estranha. Sou claustrofóbica, então, o que me incomodou mais foi estar num lugar apertado que não poderia me mover. A volta foi tranquila, já estava calma dos dias por lá. E a paisagem é incrível, e no mini-avião você sempre senta na janela, não tem corredor 🙂

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