Um dos lugares mais incríveis daqui é o metrô. A descida para a estação é numa escada rolante enorme, a mais longa e íngreme que vi em minha vida. A decoração é toda anos 50. Tem algumas estações que são totalmente fechadas, não como a estação transparente da nova biblioteca de Paris, mas toda escura. Não se vê nada. Só quando abrem as portas de ferro é que aparece o trem. Lembra um pouco o filme “Cubo”, dá uma sensação de claustrofobia. As paredes tem uns 70 cm de largura. Disseram-me é por segurança, que estas estações estão em baixo do rio e pela pressão precisam ter paredes espessas e portas de ferro.
Decidi conhecer Peterhof, um palácio com jardins e dezenas de fontes. Se comparei antes São Petersburgo com Paris, Peterhof é a versão Versalhes. Depois de uma hora esmagada num ônibus, cheguei ao palácio. A fila para entrar no museu era enorme, lembrei o que é viajar pela Europa no verão. Passei algumas horas caminhando pelos jardins. Todo o tempo se tem a sensação de grandeza, tudo é pomposo. Em termos de paisagismo, os jardins não são grande coisa, o forte são as fontes, águas em toda a parte, jorrando por todos os lados. No inverno não deve funcionar, pois as águas devem congelar. Voltei em um barco rápido e confortável, 30 vezes mais caro que o ônibus.
Museus, sim, conheci o Hermitage, considerado estar entre os 3 maiores museus da Europa (Louvre e Prado). Não aproveitei muito, acho difícil ver arte com grupos de turistas por toda parte. Podia escutar, ao mesmo tempo, tour em russo, inglês, alemão e espanhol. Encontrei até um grupo de brasileiros. Passei rápido pelas diversas salas, a maior vontade era sair dali, ir a um lugar sem muita gente.
O museu estatal russo, que mostra arte russa, também estava lotado e quente. Pude perceber que eles não estão preparados para o calor. Não há ar condicionado e é muito quente. Ao lado de cada senhora que cuida da sala tem um pequeno ventilador, e todas elas têm uma cara de quase desmaiadas…
O último museu que conheci foi o Museu Memorial de Dostoiévsky. É uma pequena casa onde o escritor passou os últimos anos de sua vida. Tinha pouca informação em inglês. Esperava encontrar ali uma livraria vendendo livros dele, traduzidos para inglês. Mas desta vez eles não foram capitalistas, não tinha livro nenhum para comprar.
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