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Vale Sagrado

Desta vez, resolvi fazer um tour para conhecer os sítios arqueológicos do Vale Sagrado. As distâncias são maiores e não tem ônibus direto para alguns dos lugares. Saímos de Cusco já tarde da manhã, por volta de 9:30h. No caminho para Pisaq, paramos num pequeno povoado onde se realizava uma feira de artesanato. É um lugar bem turístico, típico para os “gringos” gastarem dinheiro.

Em Pisaq, toda terça, quinta e domingo acontece um grande mercado aberto, dividido em duas áreas: uma de artesanato, para os turistas, e outra com comida, mais voltada a população local. Caminhamos rapidamente pelo mercado e seguimos até o sítio arqueológico.

O sítio fica há alguns quilômetros morro acima da cidade. O lugar é rodeado por terraços de agricultura, que eram usados principalmente para a cultura de milho. Também eram utilizados para a produção da Chicha – bebida típica que possuía poderes alucinógenos -, tomada em rituais...

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Cusco e sítios arqueológicos

Perto de Cusco existe um grande número de sítios arqueológicos, não tão famosos internacionalmente como Machu Pichu, mas de grande importância histórica. Resolvi pegar um ônibus local até o sítio chamado Tambomachay e de lá voltar caminhando, passando por outros sítios da redondeza. Os peruanos não gostam que chamem de ruínas, dizem que ruína soa como coisa velha, acabada, destruída e todos preferem que se chame de sítio arqueológico. Acham que este nome é mais justo para os locais. No ônibus, conheci uma americana que também queria fazer a caminhada de volta. Resolvemos, então, caminhar juntas. Por sorte, ela também era fotógrafa e, assim, parávamos para fotografar.

Tambomachay é conhecida como El Baño del Inca. Acredita-se que suas fontes de água não eram utilizadas somente para beber ou banhar-se, mas também em purificações e outros rituais. O lugar é pequeno, possui algumas paredes com portas e fontes de água.

Poucos quilômetros dali, está Puca Pu...

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Cusco – Corpus Christi

Programei para chegar em Cusco um dia antes do feriado de Corpus Christi. A cidade já estava em festa, comemorações aconteciam na Plaza de Armas. Encontrei com amigos ingleses para comer alguma coisa e à noite fiquei lendo no hotel, pois estava cansada.

No dia seguinte, acordei cedo para ver as festividades. Sentei nas escadas da catedral junto com uma enormidade de peruanos. Como é uma festa local, não tinha muito turista estrangeiro. Fiquei observando as pessoas transitarem: vendedores de gelatina, de refrigerante, de chocolates, e também de folhetos explicando a história dos santos.

Santos de igrejas vizinhas vêm no dia anterior “dormir” na catedral para dali saírem em desfile pela cidade. Após o desfile voltam à catedral e, depois de alguns dias, retornam à sua igreja de origem...

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Lima – Museus

Em Lima, visitei o Museo Nacional de Antropologia y Arqueologia que fica localizado na Praça Bolivar, uma praça típica de cidade pequena com coloridos prédios coloniais em volta. O museu mostra as diferentes fases das culturas indígenas no Peru. Cada cultura é representada pelo mapa de sua região, época em que viveram, suas cerâmicas, vestimentas, algumas múmias, esqueletos… Uma das atrações do museu é uma maquete de Machu Pichu onde mostra como funcionava a civilização, uma luz acende mostrando a legenda do que era cada lugar.

No mesmo dia, visitei o Museo del Oro del Perú y Armas del Mundo. Ao entrar no museu, estava numa sala cheia de rifles, facas, espadas, revolveres, fardas, armaduras, todo material bélico possível, em grandes quantidades. Acho que nunca tinha visto tanto arma junta em minha vida. Não gostei, achei demais, sufocante e saí, fui ver as lojas de artesanato.

Depois de um tempo, voltei e segui ao subsolo onde estava o que eu realmente queria ver, ...

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Ica e Pisco


Cheguei em Ica no final da tarde e ao descer do ônibus peguei um táxi para Huacachina, o oásis local. O lugar lembra os oásis dos filmes do Saara. São enormes dunas de areia branca e no meio um lago rodeado de palmeiras, hotéis e restaurantes. Existem pouquíssimas casas e um número mínimo de população local. Huacachina é conhecida pelos turistas pela prática de sandboard (parente do snowboard). A diferença é que aqui não há teleférico para subir a duna. Os turistas sobem e ficam praticando numa parte mais alta, sem descer muito, só no final é que descem a grande duna. Alguns têm fôlego para subir e descer novamente. Depois de passar frio em vários lugares, foi ótimo ficar uns dias em clima quente, lendo um livro em volta da piscina.

De Ica segui para Pisco, queria conhecer as islas Ballestas. Os passeios de barco saem geralmente pela manhã. De barco é a única maneira de conhecer o local, pois o desembarque nas ilhas é proibido pelos órgãos ambientais do país...

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Linhas de Nasca

Sobrevoar as Linhas de Nasca é um bom motivo para se vir ao Peru. Os famosos desenhos que se acreditam que tenham sido feitos pelas culturas Nasca e Paracas séculos atrás só podem ser identificadas do ar. Estas figuras só foram descobertas no começo do século XX quando aviões sobrevoaram o local e perceberam algo no chão. Até hoje, não se sabe realmente quem fez os desenhos, nem como e porquê. Existem algumas teorias, entre elas a mais aceita é de que tenham sido construídas para ser um calendário que indicava quando plantar, colher, as estações do ano, etc… Outra é de ter sido feito por astronautas, ou também que os índios tinham conhecimento de como fazer balões e voavam sobre suas figuras.

Cheguei tarde da noite num ônibus de Lima, já tinha reservado voo para a próxima manhã. Acordei meio ansiosa, pois enjoo em ônibus, barco, carro, imaginei num aviãozinho para três pessoas que vira 90 graus...

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Lima – Futebol e Eleição

Cheguei em Lima no fim de semana da eleição presidencial, data importante para a política do país. A cidade estava cinza e fria. Pensava na mesma latitude no Brasil, costa atlântica, como deveria estar quente e ensolarado.

No sábado, tinha combinado de encontrar com duas amigas inglesas para vermos o jogo de futebol Peru – Equador. A ideia era torcer para o Equador, elas porque tinham morado um tempo lá e adquiriram certo carinho pelo país, eu porque achava que mereciam, afinal nunca tinham estado num mundial antes, desta vez estavam indo bem, talvez cheguem à classificação. Estava em Quito quando Equador ganhou do Paraguai, foi uma festa enorme nas ruas, tudo parou, todos com camisetas da seleção, caras pintadas. Pensando também na parte história, nas guerras de fronteira, o Equador sempre perdeu para o Peru, por ser um país menor e mais fraco. Eles merecem ganhar uma vez, nem que seja no futebol.

Assistimos a partida num dos restaurantes populares do centro, comendo ...

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Trujillo e arredores

Cheguei em Trujillo às 4 da manhã e como fui a única pessoa a descer do ônibus que ia para Lima, mais uma vez sofri a briga dos taxistas pela minha mochila. Desta vez deu um pouco de medo pois não estava num terminal e sim numa rua escura. Deixei que eles brigassem e decidissem quem me levaria. É claro que o mais bravo ganhou.

Para visitar as ruínas não quis pegar um tour, resolvi fazer por conta própria. Na manhã, conheci as Huacas del Sol y de la Luna, mas não se sabe se realmente eram templos do sol e lua. O nome foi dado pelos espanhóis quando chegaram no local e acharam que essas fossem construções incas. Na verdade, são construções do período Moche, centenas de anos antes dos Incas.

Somente um dos templos está aberto a visitas, pude ver as diferentes salas, o lugar de sacrifício e onde foram encontradas cerâmicas, esqueletos e objetos em ouro, cobre e prata. Os desenhos nas paredes lembram um deus bem assustador...

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Fronteira entre Equador e Peru

Cruzar a fronteira entre Equador e Peru não é nada agradável. Ao descer do ônibus em Huaquilla (Equador), vieram uns 20 homens ao meu redor tentando vender transporte para o Peru e câmbio de dólar, pegaram minha mochila e brigavam por ela para ver quem iria me levar. O lugar era horrível, se parecia com as piores partes de Ciudad del Leste. Caminhei carregando minhas mochilas uns 400m até a ponte da divisa, sempre implorando para que me deixassem em paz, mas eles continuavam caminhando comigo e todos falando ao mesmo tempo, querendo vender algo.

Na ponte encontrei um policial para perguntar se o lugar de carimbar o passaporte era longe e se havia transporte público até Tumbes, no Peru. Ele não foi muito preciso com nenhuma das respostas e, também, com “meus companheiros” falando ao mesmo tempo, não conseguia entender direito. Pedi, então, que dissesse para que os (agora) 15 homens ao meu redor me deixarem sozinha, em paz...

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Cuenca e arredores

Cuenca é uma das maiores cidades da cordilheira sul do Equador, tem uma arquitetura espanhola e uma tradição em mercados abertos. No meu primeiro dia na cidade, pude observar cedo pela manhã as comemorações do dia da batalha Pichincha, era feriado nacional. Mais uma vez muitos fardados e armados na praça central. A cerimônia não durou muito, uma hora, com banda e discurso de políticos. É incrível como se vê um grande número de militares armados no Equador.

O mercado da cidade é famoso na região, principalmente nas quintas. As cores das vestimentas das índias e também das frutas e verduras faz do lugar um grande arco-íris. Passei boa parte do dia lá, conversando com as pessoas e fotografando.

Resolvi conhecer Ingapirca, a única ruína inca preservada no Equador. Este lugar era anteriormente habitado pelos índios cañari, os incas conquistaram e usaram como principal ponto de informação entre Cuzco e os povos do norte...

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