Vale Sagrado

Desta vez, resolvi fazer um tour para conhecer os sítios arqueológicos do Vale Sagrado. As distâncias são maiores e não tem ônibus direto para alguns dos lugares. Saímos de Cusco já tarde da manhã, por volta de 9:30h. No caminho para Pisaq, paramos num pequeno povoado onde se realizava uma feira de artesanato. É um lugar bem turístico, típico para os “gringos” gastarem dinheiro.

Em Pisaq, toda terça, quinta e domingo acontece um grande mercado aberto, dividido em duas áreas: uma de artesanato, para os turistas, e outra com comida, mais voltada a população local. Caminhamos rapidamente pelo mercado e seguimos até o sítio arqueológico.

O sítio fica há alguns quilômetros morro acima da cidade. O lugar é rodeado por terraços de agricultura, que eram usados principalmente para a cultura de milho. Também eram utilizados para a produção da Chicha – bebida típica que possuía poderes alucinógenos -, tomada em rituais. Os terraços possuíam um ótimo sistema de irrigação para poder cultivar o milho nesta altitude e frio. Cultivavam, também, batatas e quinua, que já não precisavam de irrigação especial. Quinua é muito comum na região, alguns a chamam de arroz do inca. Pode-se comê-la em qualquer restaurante de comida local, principalmente na sopa. Pisaq, segundo nossa guia, significa Perdiz, mas alguns consideram como ninho de condor. Existem duas fortes teorias sobre o propósito da construção: uma que era um forte onde as pessoas da região se abrigavam em caso de ameaça militar, outra que era um templo, lugar de cerimônias, pois possui uma arquitetura de templo com elaboradas construções e prováveis banhos rituais.

Dali partimos para Urubamba, onde paramos para o almoço. Restaurante com buffet de comida local. Acho que foi o primeiro buffet que comi na viagem. A comida era boa, tinha até bolo de chocolate como sobremesa.

Depois, visitamos Ollantaytambo, o lugar que mais gostei do passeio. A vista de baixo é impressionante: uma enorme escadaria de pedras que sobe grudada na montanha. O nome vem de Ollantay – um famoso guerreiro inca – e Tambo, que se refere a lugar de descanso ou às tribos que viviam na região. Ollantaytambo foi um dos únicos lugares em que os Incas conseguiram ganhar uma batalha dos espanhóis. Maco Inca se resguardou aqui. Contam que quando os espanhóis, que não conheciam a região, liderados por Hernando Pizarro, vieram capturar o Inca, foram derrotados pelos índios e pelo íngreme terraço. Os espanhóis voltaram tempos depois mais preparados e venceram os índios.

As pedras usadas em Ollantaytambo foram trazidas de um lugar a 6 km dali. Impressionante de imaginar como construíram tudo isto. Acredita-se que o lugar era considerado com um templo, embora os espanhóis o chamassem de forte.

Já noite, chegamos em Chinchero. Caminhamos até a Plaza de Armas onde havia um mercado aberto que vendia artesanato. Acho que totalmente voltado para os turistas. Como já era escuro e frio, ficou difícil de observar as construções locais.

O dia foi maravilhoso, mas queria poder dividi-lo em 3, pois foi muita coisa para conhecer e pouco tempo para assimilar tanta coisa nova. Gostaria de ter tempo para poder ficar uns 2 dias em Ollantaytambo.

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