Budapeste

Cheguei na estação de trem no final da tarde, parecia chegando no centro de São Paulo. Desci na parte subterrânea para tentar trocar dinheiro. O lugar era sujo, vendedores ambulantes, muita gente com pressa, outros com cara de suspeitos observando. A polícia estava um pouco ativa, acho que tinha acontecido algum roubo momentos antes, pois estavam caminhando de um lado para outro, inquietos. Fui para o albergue mais perto que encontrei. Era um pouco bagunçado e sujo. Estava cansada para tentar encontrar outro lugar.

O dia seguinte estava nublado e chuviscando. Caminhei por quase toda a cidade, umas 6 horas. Comecei dando uma volta por “Pest”, a basílica, centro comercial, atravessei a ponte e caminhei no lado “Buda” contornando o rio. Depois, visitei alguns banhos turcos. A cidade me pareceu muito bonita mas apagada, suja. Faltava um certo brilho, talvez pelo fato de estar um dia bem cinza. Era como os edifícios antigos do centro de São Paulo, são bonitos mas não estão muito bem cuidados.

Conheci uma inglesa no albergue e fomos juntas a um dos banhos turco. Estava chovendo mas ficamos na piscina quente ao ar livre. Foi bom para relaxar um pouco. Tentaram nos enganar na saída. Deveriam devolver o dinheiro das horas que não usamos mas o segurança ficou com o recibo e se fazia de bobo para não nos dar. Depois que insistimos muito nos devolveu o recibo. Acho que fazem isto com todos os turistas estrangeiros: ficam com o recibo, fingem que não entendem inglês e no final do dia descontam o dinheiro.

Meu terceiro dia, também chovendo, fiz um tour em ônibus pela cidade. Fomos nos principais pontos turísticos, começando pela igreja, parlamento, parque da cidade, ópera e castelo. Nossa guia, muito jovem, falava fluentemente inglês e alemão, além do húngaro, é claro. Seu ídolo era um guia mais velho da empresa que fala 7 idiomas. O tour foi bom para ter uma idéia geral da cidade, uma pena é que não parava de chover e ficava difícil de apreciar a paisagem.

De Budapeste voltei para Barcelona, já estava com saudades de “casa”. Cansada de tanta chuva, turistas, palácios e igrejas. A viagem foi ótima para ter uma idéia do leste europeu. Percebi que talvez tivesse uma visão errônea destes países, imaginava-os muito menos capitalistas do que realmente são. Nos países do leste foi onde vi uma das maiores quantidades de outdoors de propaganda. Não encontrei países saindo de um comunismo e entrando aos poucos no capitalismo. Mas sim, vi países que, ao meu ver, na primeira oportunidade que tiveram, saltaram e mergulharam fundo no capitalismo e consumismo.

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