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Chegando em Pipa, fui bem recebida pelo pessoal do hotel que me mostrou uma trilha para chegar à Praia do Amor. Caminhei até a praia e parei numa barraca. O dia estava lindo, sol, mar, praia, suco de frutas… Fiquei um bom tempo ali já que meu joelho estava doendo e inchado. Depois, segui caminho pela Praia dos Afogados até o Chapadão e, de lá, até a cidade, onde comi olhando o mar.
No segundo dia, saí de manhã cedo para caminhar até Tibau do Sul. No hotel, tinha visto a tabela da maré daquele dia e teria muito tempo até que enchesse e eu não pudesse passar. Comecei a caminhada na Praia Principal. Como era cedo, não tinha muita gente, estavam todos acordando aos poucos. Havia alguns pescadores e pais com crianças pequenas. Mais adiante encontrei um grupo jogando futebol na praia, eram times organizados e uniformizados. Eles aproveitam a maré baixa para fazer um campo de futebol na areia molhada.
Segui caminho passando por algumas pessoas também caminhando, outros fazendo alongamento na praia, ou dormindo ao sol. Em algumas zonas haviam barracas movimentados com turistas, aulas de surf, gente vendendo artesanato. Cheguei até a ponta da Praia da Cacimbinhas onde parei para descansar, comer isca de peixe e tomar suco de frutas. Um descanso na sombra com banhos de mar… A paisagem era linda.
Gosto de estar em praias onde posso sentir a amplitude e também um vazio. Na Pipa, eram praias grandes com muito pouca gente, em lugares assim se sente ainda mais a natureza. O que me fascina é ter que olhar na internet a tabela da maré para saber que hora posso sair para a caminhada no dia seguinte. É a idéia de ter que tomar decisões dependendo da natureza, de todo dia ver que existe algo que não podemos controlar, que é maior que nossas forças. Isto agrada e desafia ao mesmo tempo. Vivendo em cidades, no dia-a-dia, muitas vezes nem percebemos que existe esta natureza forte que não controlamos.
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