Moscou

 

Aqui o metrô também é bem decorado. As estações são decoradas com lustres enormes, mármore e estátuas. As escadas rolantes são menores que as de São Petersburgo. No primeiro dia, fui direto conhecer a praça vermelha, que, na verdade, não deveria ser assim chamada. O nome origina-se de uma palavra que, no antigo russo, significa bonita, mas, hoje em dia, também é usada para a cor vermelha.

Parei numa estação de metro longe e fui caminhando. Cada vez mais me impressiona o número de lojas de todas as marcas possíveis. Não consigo pensar em uma marca de roupa ou de artigos esportivos que não tenha uma loja em Moscou. As ruas, os trens do metrô, as passarelas subterrâneas estão cheias de propagandas. Realmente, não esperava tanto. Acho que eles são muito mais capitalistas que nós. E começaram a pouco tempo… Triste de ver…

No outro dia visitei o Kremilin. Lá tive problemas na entrada, pois não me deixavam entrar com equipamento fotográfico, não podia levar a mochila. Coloquei tudo nos bolsos do colete e, então, passei. Tripé, já aviso, nem pensar… Dentro há policia por toda parte. Eles não deixam caminhar fora dos lugares previamente delimitados. Ficam apitando todo o tempo, sempre que um turista atravessa a rua (sem carro nenhum) em algum lugar onde não está delimitado por eles.

Estranho, parecia gado quando vai ser vacinado ou marcado, apertados em trincheiras. Aqui, no Kremilin, eram os grupos de turistas e seus guias. Fiquei parada olhando os carros oficiais entrarem e saírem. Os policias já desconfiaram de mim, um veio e ficou perto, não podia me mandar sair, pois estava no lugar de turista. A sensação lá dentro não é muito boa, passa uma idéia de estar submetido a um grande poder, pelo menos o dos apitos dos policias. Não gostei… Um lugar só com policiais e símbolos religiosos, dá até medo…

Visitei as 5 igrejas que a entrada dá direito de ver. Todas totalmente decoradas com figuras de santos e algumas com tumbas. Os russos parecem gostar de visitar tumbas, todos param e ficam olhando um tempo. Para mim eram todas iguais: caixas fechadas. Acho que para eles tem algum significado, ao menos era o que parecia.

Numa destas igrejas conheci Valeria, uma russa que estuda inglês na universidade e estava feliz em praticar a língua comigo. Ela mora numa ilha no leste da Rússia, 7 horas de vôo de Moscou. Estava na casa de parentes visitando a cidade.

Dali, fomos visitar a State Tretyakov Gallery que mostra arte russa. Valeria conhecia todos os pintores. Já havia me dito que gostava muito de pintura clássica. Cada sala que entravamos ela contava histórias sobre algum quadro e falava com um entusiasmo que era impossível não admirar a obra também. Ela disse que já havia ido várias vezes ao museu. Logo na entrada salientou que esta era uma das coisas boas de seu país: os museus são gratuitos para os estudantes. Seria bom se os outros museus europeus copiassem a regra…

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